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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Leio e releio

Mensagem recebida no dia 25/05/2011 20:29

Te amo!  <3

É. Não canso de ler. Assim como leio sobre vampiros, e não acredito. Assim como leio sobre lobisomens, e não acredito. E mesmo que, durante a leitura, o autor me faça acreditar que é verdade, quando fecho o livro sei que tudo não passou de uma grande ficção. Da mesma forma, não canso de ler.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

"Depois da tempestade vem a bonança"


Tantas vezes eu já ouvi essa frase. E tantas vezes eu desacreditei.
Mas é assim.
Simples assim.
Um dia era quase impossível imprimir um sorriso no rosto. E hoje, puf!, não consigo tirá-lo daqui.
E o melhor é que é sincero. Eu sinto que ele é como deveria ser.
Tenho vontade de dar risada das coisas mais bobas. De sorrir para as pessoas na rua. De sair cantando pela casa. Do mesmo jeito que era antes.
Só que está melhor. Ainda melhor.
E essa reviravolta positiva na minha vida só me fez pensar em quanto eu sou "sortuda" por aquilo que me cerca, principalmente pelas pessoas que eu tenho do meu lado.
Obrigada, Manhê, por ter me dado força e ânimo.
Obrigada, Titia Keith e Marcelo, por se importarem comigo e me darem os melhores conselhos. Ah, e pelo fondue...
  Obrigada Maninho, Ricardinho, Mayara, Bruna, Vieira, Rezende, Joaquim, Kamila, Tico, Andressa, Marcial, Marina, Pelegrini, Gigi, Wallace (pai!), Lary, Larissa, Titia Mari, PH, Sena, Melo, Yasmin, Alice, e todos que me deram palavras de força.
    Obrigada, Lala, minha gêmea, por me dar força mesmo estando tão longe de mim. Por me esperar com a garantia de um abraço apertado e de um sorriso no rosto. Sua amizade é uma pérola extremamente preciosa na minha coleção !
E obrigada, Yaya. Por me ouvir, me aconselhar, me dar força, chorar comigo, fazer palhaçada, me dar a receita da felicidade (afinal, quem me ensinou a ouvir Matanza?!), por me dar chocolate. Por me abraçar e não dizer nada. Por me abraçar e dizer que tudo ia ficar bem
É, agora tá tudo bem !

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Naquele quarto

     E parece mesmo estar chegando no fim. Alguns tijolos a mais e estará terminada mais uma parede. Gosto de pensar que a nossa vida é a construção de um castelo bem grande, que a gente constrói, parede por parede, a partir do nosso dia-a-dia, dia após dia. Cada um constrói do jeito que quer, com o material que quiser. Eu prefiro construir o meu sobre um piso de honestidade, com tijolos de virtude, cimento de amor e argamassa de dedicação.
      Por isso eu não gosto de falar que tudo isso destruiu o meu "mundo", porque não o fez. Só me deu instrumentos e vontade para construir outra parede. Com essa parede, eu fechei um quarto, e nesse quarto eu pendurei fotos com todas as boas lembranças. Dezenas de quadros coloridos, vivos, amados. Deitada nesse quarto, sobre um tapete de promessas, eu olho para o teto. Pensei em pendurar ali minhas esperanças, mas percebendo que essas ficariam ali em vão, as coloquei em um baú, encostado na parede. No teto, eu rabisquei palavras cujos significados aprendi enquanto eu construía: Amor, Respeito, Felicidade, Carinho, Saudade, Amizade, Cumplicidade, Fidelidade, Esperança. Enquanto cantarolo "All this feels strange and untrue and I won't waste a minute without you" vou terminando de arrumar. Deixo no meio, sob as luzes de holofotes, um violão, um pedaço de papel rabiscado, uma carta de baralho, um batom, um livro, um frasco de perfume, uma caixa de chocolate lacrada. E agora não só cantarolo outra música, como a canto de todo o coração, esperando que todos me ouçam. A música diz: "You had my heart, at least for the most part 'cause everybody's gotta die sometime, we fell apart, let's make a new start 'cause everybody's gotta die sometime, yeah, yeah but baby don't cry". 
     E é assim que eu fecho a porta. E é assim que eu tranco a porta. Não posso negar que esteja chorando, porque faz parte. Mas agora é hora de construir outros cômodos. Quando der saudade, é só pegar a chave, e vir visitar minhas lembranças mais bonitas. Mas viver entre elas em tempo integral se tornou uma mania doentia que é preciso perder.
     Outras construções me esperam, outras experiências me chamam. Eu volto, prometo, venho te visitar assim que der. Por enquanto, carrego a chave aqui juntinho de mim, pertinho do coração.

terça-feira, 14 de junho de 2011

" Master of puppets "

     Eu sei que eu nunca vou saber das coisas perfeitamente até que elas aconteçam, mas eu sei, tenho certeza,que nunca ia deixar ser manipulada desse jeito.
     Quero dizer, não ter controle dos próprios sentimentos, dos próprios pensamentos, viver refém de um desejo, não parece o tipo de vida ideal que eu espero pra mim, nem pra qualquer outra pessoa. Não consigo enxergar o que tem de tão atraente em tudo isso...
     Certo, o mundo parece mais cor-de-rosa e você se sente o dono do universo. Mas e depois? E a escuridão? E o abismo? Vai fingir pra mim que não existe? Vai falar pra mim que é tudo maravilhoso? Eu sei que não é.
     De verdade, não consigo me imaginar presa a cordas, que me guiam em um caminho cada dia mais e escuro e sem volta. Não quero nem imaginar como será o dia em que as cordas virarem grilhões e a não achar mais a chave. Não ter como sair, me achar perdida pra sempre.
     Quero acreditar que tem uma saída. Que ainda há chances. Não quero perder as esperanças agora, não aguentaria passar por isso, ver que tudo está perdido. 
     Se liberte das cordas, diga adeus ao ventríloco, e deixe de ser uma marionete.

domingo, 12 de junho de 2011

Across the Universe

 Sou Alice, sou Homem de Lata, sou Dorothy. Quero ser Gandhi, King, Che. Quero Clark Kent, Danny Zuko, Johnny Castle, Jude. Quero Catherine Earnshaw, Elizabeth Bennet, Julieta Capuleto.
 Quero Joplin, Hedrix, Beatles. Quero guitarras, blues, folk. Quero cheiro de mata, barulho de cascata, quero grilos. Quero chocolate quente, torta de limão, mousse de maracujá.
 Quero chocolate sabor liberdade, sonho de realidade. Quero pipoca com amigos, felicidade sem ilusões. Quero tudo sem preconceitos. Quero é lembranças, quero abismo de esquecimento.
 Quero despedidas, quero reencontros. Quero silêncio.
 Quero viagens, abraços, conversas no meio da noite. Quero sonhar, quero voar, quero amar.
 Quero mar, mata, solidão, companhia. Quero Camões, Drummond de Andrade, Fernando Pessoa. Quero Agatha Christie, Pedro Bandeira, Mag Cabot. Quero Johnny Depp, Jeniffer Aniston, Ben Stiller.
 Quero causa, revolução, evolução. Quero cartas, telefonemas, atenção. Quero dança, quero amigas, quero festa, quero cinema. Quero sessão da tarde, DVD's, televisão.
 Quero noite, quero dia, quero escuridão. Quero o sol, a lua e as estrelas.
 Quero vida em paradoxo, em perfeita contradição.
 Quero campos infinitos de morango.
      

sábado, 11 de junho de 2011

Simplesmente Realidades



    "Não tem que fazer sentido, é chocolate." Foi o que Willy Wonka disse no filme A Fantástica Fábrica de Chocolate. E por mais que eu não goste do filme, não posso deixar de concordar. Chocolate é mágico, deixa a gente mais feliz, cura qualquer tipo de fossa. Chocolate faz parte da minha receita de felicidade !

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O principal valor

     Estive esses dias novamente me perguntando qual é o verdadeiro valor de uma amizade verdadeira e qual são suas principais características. E mais uma vez eu não pude dizer, eu não pude achar. A cada momento, a cada situação, as coisas mudam, os valores mudam, as pessoas mudam.
     E foi nesses dias, no meio de um turbilhão tão gigantesco de emoções e situações que eu fui salva por uma mão que, pra mim, já tinha me dado adeus a tanto tempo.
     Mas, como tantas vezes, eu me enganei bonito. Meu Maninho continua do meu lado, e hoje eu sei disso. Por mais que as pessoas falem que a nossa amizade não é de verdade, que a gente não se fala, que a gente não se vê, foi ele que me ajudou quando eu tava precisando de verdade. Foi ele que me deu todo o apoio que eu precisava. Tudo bem que o abraço que eu precisava, ele ainda tá me devendo, mas foi ele que disse as palavras certas, no momento certo.
     Não importa se a gente passar uma semana ou um mês sem nos falar, o que importa é que quando eu precisar de ajuda, eu sei com quem que eu poço contar. E quando você precisar de ajuda, Maninho, eu vou estar sempre sempre aqui.
     Gui, parabéns por ser essa pessoa mágica, por ser o amigo que você é, por ser esse garoto alegre e carismático, que todo mundo adora estar perto. Eu te amo, Maninho, muito, muito. E obrigada por tudo !

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Prazer, uma bobinha

     Não me arrependo de ser assim, tão otimista. Claro que isso me faz quebrar a cara de vez em quando. Claro que as pessoas acham que eu sou bobinha e ingênua, uma criança. Mas eu simplesmente consigo ver o mundo de uma forma mais envolvente, de uma forma que me dê vontade de viver.
   Talvez se eu não fosse assim otimista não pudesse ver borboletas no meu jardim pela manhã. Talvez se eu não fosse otimista não pudesse ver as estrelas escondidas pelas nuvens. Talvez se eu não fosse otimista eu não pudesse viver e amar incondicionalmente. Talvez por eu ser otimista, é que faça com que eu acorde um dia após o outro, sorrindo e cantando, pulando e dançando, querendo e amando.
    Não me arrependo em momento nenhum de ser a bobinha. Pelo menos serei a bobinha que não finge um sorriso no rosto. Serei a bobinha que assume seus sentimentos, quer eles bons ou ruins. Serei a bobinha que soube ser feliz.
   Meu otimismo fez com que eu vivesse momentos inesquecíveis, momentos que eu NUNCA vou me arrepender. Momentos que me ensinaram como é poder ser feliz, não importa o que aconteça. E meu otimismo se encarregará de não me deixar esquecer.
   

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Adivinha ?!

     Não, não é adivinha de "tente adivinhar o que eu estou pensando, ou coisa do gênero". É adivinha de mulher que sabe fazer adivinhação.
     E eu fico pensando se a Clarice Lispector é adivinha. Porque ela, tantos anos antes de eu ter conhecimento de meus próprios atos e pensamentos, conseguiu adivinhar tudo o que eu penso, tudo o que eu sinto, conseguiu descrever tudo. E ela nem me conhece. É isso o mais fantástico no mundo da poesia.

"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo. 
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. 
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. 
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade… Já tive medo do escuro, hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali”.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de “amigo” e descobri que não eram… Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! 
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. 
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer: 
- E daí? EU ADORO VOAR!"

Clarice Lispector