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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Antes só...

Tenho pânico da solidão. E da convivência desnecessária.
Não enterrei meu coração na beira da estrada, tampouco na curva do rio. Carrego uma parte no peito e entrego as outras à pessoas brilhantes.
De olhos brilhantes, auras brilhantes.
Entreguei uma parte de meu coração e, sim, olhei para trás. Mas descalcei os sapatos e voltei para casa. Atravessei na faixa e olhei os dois lados.
Tenho medo do asfalto assim como dos grilos no silêncio da noite, quando a música se calar.
Tenho pânico da solidão. E da convivência desnecessária.