Páginas

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Íris Branco - Parte VIII - Final

      Após um mês sem poder ir ao colégio, arrumei meu material para dar aula. Dessa vez sem muito ânimo. Até pensei em colocar uma flor na bolsa, mas desisti logo da ideia.
     Pelo caminho familiar, espaços entre as espessas nuvens de fumaça mostravam um céu de um azul pálido, uma simples lembrança do que foi um dia.
     E ao passar por um velho terreno  baldio, meu coração mal aguentou de alegria. Uma criança dançava sorrindo. Pessoas se reuniam ao redor e acompanhavam todos os movimentos da pequena garota que tinha todos os motivos para chorar.
     O tímido sorriso logo vira doce risada, e as pessoas descem de seus carros para dançar com a garota, que se move com graça em um campo de Íris Brancos. O céu se abre em azul, e o sol sorri em aprovação. Todos entram na dança e vivem uma só alegria. Crianças, adultos e idosos cantam a uma só voz canções esquecidas, e tocam as flores há tanto tempo desconhecidas.
     E agora, você me pergunta? E a esperança? Floresceu, obrigada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário