Páginas

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Instrumento poético

   Às vezes elas fogem. Às vezes machucam, iludem, confortam. Às vezes são tudo o que você precisa. 
   Palavras, parecem tão simples. Letras, agarradas num pedaço de papel, na tela de um computador. Grafadas com capricho, com pressa, redondas, pequenas, estreitas, espaçosas, grandes. 
   Palavras que mudam, que completam, palavras que movem ideias, pensamentos, sentimentos. Palavras que, uma vez soltas, são como flecha atirada.
   Podem ferir qualquer um, poder ter qualquer destino. Palavras podem ser interpretadas de qualquer jeito. Palavras confundem, alimentam sentimentos. Palavras carregam gestos, preconceitos, ações, admirações. 
   Palavras são a essência do mundo. Alimento dos poetas.
   Mas palavras são desnecessárias. Às vezes são impróprias, inadequadas. Há atos que falam mais. Olhares que expressam mais. Palavras são palavras, instrumentos.
   O que há por trás, é humano. É sentimento, é pensamento. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário