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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cavocando tosquices sentimentais

Acabei de ler esse trechinho na página da minha tia. Achei interessante. Será que faz mal eu não colocar quem foi o autor? Porque eu sinseramente não sei...


O coração diz: ele não queria ter feito aquilo.
A razão diz: mentira!
O coração fala: a intenção dele não era te magoar.
A razão rebate: Se ele não quisesse, ele não teria feito o que fez.
O coração diz: ele sente muito.
A razão fala: Não, ele não sente.
Mas você sempre opta pelo coração.

Fantasias

     O céu estava incrivelmente laranja enquanto eu sentava na rede, tremendo dentro do vestido de princesa. Sim eu me vestia como princesa, de tiara e tudo, só para ver se me animava um pouco. Meu refúgio sempre fora os livros, as músicas, os seriados. Eu via como as pessoas eram felizes e como tudo parecia acabar bem. E eu acho que me fantasiei assim para ver se chamava um pouquinho desse mundo pra perto de mim.
     Os dias tem andado tão cinza. Eu não sei bem o motivo. Mas eu queria mais sorrisos, mais cores. Um arco-íris eterno. E sei como posso conseguir isso, só não quero fazê-lo agora. Na verdade, não quero que seja assim, não quero ser tão dependente de um sentimento, porque sei que quando for embora o que sobrará serão destroços do que um dia foi lindo.
     Por isso eu não gosto de pensar no futuro! E as pessoas insistem para que eu faça isso. Mas e se eu não quiser? E se eu quiser viver só agora? Quanto mais eu penso no futuro, quer seja o meu, o do meu sentimento, das minhas amizades, da humanidade, do mundo! mais eu fico preocupada, mais eu deixo de viver o presente.
     Não deixo de me preocupar, não deixo de fazer a minha parte, mas se vocês gostam de mim e zelam pela minha saúde mental parem de me perguntar sobre o futuro! Certo, exagerei agora. Mas por favor, esse assunto só me angustia.
     Depois de pensar, depois de algumas lágrimas rolarem solitárias eu arranquei a tiara da cabeça. Só não joguei fora naquela hora pois sei que terei que usar, em breve. Mas um dia vou me desfazer dela, assim como todos os contos de fada que agora, depois de tão bem que me fizeram, só intoxicam minha mente.

terça-feira, 19 de abril de 2011

"Ao Mestre com carinho"

      Hoje eu estava conversando com meu professor de Português (entre outras coisas), Ricardo, e ele pra me provocar, óbvio, comentou que eu nunca tinha escrito sobre ele no meu blog. E eu pra retrucar disse que ele nunca tinha dito nada em aula que me fizesse pensar. É claro que isso é uma mentira, daquelas absurdas e exageradas que só ele sabe contar.
     Acho que eu nunca escrevi porque eu aprendi muito com ele, muito mesmo. Desde quando eu entrei no 8 de Maio, em 2009, não faltaram conselhos, conversas e algumas palhaçadas. E eu não escrevi porque daria algumas páginas, mas vamos lá.
     [Calma, não precisa desistir de ler agora, eu não vou escrever tudo, escreverei só sobre a que mais marcou.]
     Com ele eu aprendi uma coisa muito, mas muito importante. Talvez uma das mais importantes que eu vou aprender. Nós precisamos assumir as consequências dos nossos atos. Eu meio que aprendi isso na marra, vivendo e aprendendo, mas é algo que eu vou levar pra minha vida sempre. E toda vez que isso vem em minha mente, eu só penso em agradecer sempre ao professor que me ensinou e me provou isso. Que me ensinou também o quanto há além da relação de professor e aluno. Claro que eu nunca o chamaria de "mano" ou o convidaria pra vir jogar truco aqui em casa, muito menos com o Ricardo, mas a relação não precisa ficar só no bom dia e nos 45 minutos de aula. Eu sei que quando eu precisar de um conselho, depois de uma brincadeirinha e zoada básica, eu vou ter um muito bom. E agora é a minha chance de agradecer. Obrigada, professor Ricardo, por todos os conselhos, por tudo o que já me ensinou.
     Minha chance, também, de agradecer a todos esses heróis : Solange, Maria, Petrô, Claudinha, Edina, Raquel, Cal, Celina, Júlia, Dolores, Sandra Pereira, Fabiana, Marta, Eva, Daniela, Silvia, Rita, Jô, Diva, Cristina, Vera, Rosely, Priscila, Taís, Thiago, Maria Silvia, Margarete, Rose, Cláudio, Frau Pacheco, Frau Bringel, Piu, Márcia, Patrícia, Elisa, Elisabeth, Maria Helena, Maria Célia, Antônia, Jardeson, Ricardo, Carlos, Joabe, Anderson, Anderson, Alessandro, Monge, Elisama, Wilson, Claudicélia, Ricardo Uzzi, Sérgio, Sheila, Márcio, Heloísa, Elaine, Sandra, Rose, Magda, Ângela, Roberto, Priscila, Jaqueline, Nini. Obrigada, de coração.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

"Refém do Silêncio"

     Já fiquei assim antes por palavras. Pelo silêncio, nunca.
     Mas esse é o pior, com certeza. É vazio, áspero, amargo. Provoca lágrimas que caem no papel e apagam as palavras já escritas.
     O silêncio me queima por dentro e arde em curiosidade, me faz perder o sono. Arde tanto que me prende numa agonia surda/muda, enquanto espero, a qualquer momento, uma palavra ser dita.

domingo, 3 de abril de 2011

O quadro do Infinito

     Na casa da minha avó tem um quadro que me fascina desde que eu era menor. É de um homem sentado em um lugar no céu, muito bonito. Tem umas árvores e uma cachoeira, onde as águas caem do céu.
     Só que esse homem está sentado de costas para toda essa beleza. Ele está olhando para uma rampa. Tão grande, que some dentro do infinito. Nós não sabemos para onde ela vai.
     E é aí que está o meu negócio com o quadro. Claro que eu não esperava que o homem levantasse e procurasse o final da rampa, mas eu ficava pensando no que tinha no final. E como a curiosidade é, no mínimo, curiosa.
     Ele, por causa da rampa, não se importava mais com o paraíso que estava a mercê dele. Por causa da rampa, ou da curiosidade que a rampa o despertava, ele não vivia mais em harmonia com aquele lugar.
     E é isso que me intriga. Porque de um lado, ele perdia toda aquela beleza e coisa e tal. Mas por outro lado, eu imagino que se ele tivesse levantado e procurado o final da rampa ia valer a pena. E é isso o que mais me intriga.
     Nós só descobrimos coisas novas e especiais depois que a gente tenta, depois que a gente arrisca. E é disso que nós precisamos. De arriscar, de tentar. Não de esperar que a vida nos traga tudo em uma bandeja enfeitada. Porque na maioria das vezes, aquilo que é mais especial, que vale mais a pena, nós conquistamos lutando. 
     E é por isso que eu gosto tanto desse quadro. Porque ele me faz pensar das tantas vezes que eu desisti de lutar e das tantas e tantas vezes que eu não desisti, e no quanto de coisas boas que essa decisão me trouxe.
     Então se você quer um conselho, arrisque, tente, viva. Você nunca vai ter certeza se não tentar.

Vida Apaixonada

     Incrível a quantidade de romantismo que toma conta das minhas últimas "produções". Juro que tento não escrever sobre isso, mas é meio inevitável. Quinta feira eu escrevi esse aqui, e não era pra ter esse final, mas fazer o que...

"Nesse exato momento há alguém nascendo.
Nesse exato momento há alguém morrendo.
Nesse exato momento há alguém chorando.
Nesse exato momento há alguém sorrindo.
Nesse exato momento há casais brigando.
Nesse exato momento há casais se beijando.
Nesse exato momento há um bebê chorando, e sua mãe corre para acalentá-lo.
Nesse exato momento há um bebê chorando, e ninguém parece escutar.
Nesse exato momento amigos se reúnem para dar risada.
Nesse exato momento políticos se reúnem para decidir -ou não- o futuro.
Nesse exato momento há alguém olhando as estrelas.
Nesse exato momento há pessoas sonhando - acordadas ou não.
Nesse exato momento pessoas dormem, acordam, estudam, trabalham, matam, renascem, plantam, amam, refletem, vivem.
E nesse exato momento, eu estou pensando em você."