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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Meia-idade

Todo tempo, o tempo inteiro
Bate e volta, o ponteiro
Vai e não volta, só sufoca
Todo o tempo sem parar.

Como o pêndulo balança,
A corrida da criança,
Gira e corre o carrossel
Ofega e para, sem ar.

E o que antes era ágil
Congelou, insano ardil.
Não importa, logo esqueço
Da memória pueril.

domingo, 13 de abril de 2014

Análise do discurso

Por quantos clichês nós somos formados?
Quantos adeus precisaremos dizer?
Por quantas brigas, em vão, passaremos?
Quantas vezes vamos querer salvar o mundo?
Por quantos lugares viajaremos, sem mesmo sair do lugar?
Quantos sonhos vamos deixar de sonhar por serem grandes demais?
Por quanto tempo ficaremos nos enganando?
Quanto deixaremos de fazer por medo?
Por quanto nos venderemos?


Quantas interrogativas teremos que fazer até que nos afirmemos?