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quinta-feira, 31 de março de 2011

Complexo de Super Herói

     Nunca pensei que ia ligar tanto para o mundo dos heróis e super heróis. Só me toquei mesmo hoje, na aula de História, quando o professor tocou no assunto. E eu estava mesmo envolvida nisso...
     Como? Simples! Comecei a assistir Smallville e a desejar ter um Clark Kent na minha vida. Não por ele ser bonito, romântico e sedutor. Mas porque eu queria a segurança, eu queria ter a certeza que era protegida por uma força assim, bem maior do que a minha.
     Sei que tenho uma família e amigos que nunca deixariam que eu me machucasse [muito], mas eu ia adorar ter a certeza de que algo ou alguém me protegia, me guardava, se preocupava comigo.
     Só me mostrou o quanto eu sou insegura, e o que me conforta é que eu não sou a única a pensar desse jeito. Muitas pessoas, quase todas, fazem isso. Diariamente. Acreditam que algo ou alguém as protege de tudo, as mantém segura, e mesmo que parte disso seja verdade ( afinal, temos pais, amigos, policiais, bombeiros, etc, etc, etc) a outra parte é insegurança.
     Pois a segurança que a gente precisa é, nada mais nada menos, do que a confiança que nós temos. A segurança que precisamos está dentro de nós. E só em nós.
     Mas por enquanto, eu acho que só danço mesmo. 

sábado, 26 de março de 2011

Sem título - Escrito em 2009

     Hoje postarei dois trechos que achei no meu caderno da sétima série. Os dois estão incompletos e eu não quis terminar de escrever. O motivo? Nem lembro qual era minha inspirarão no momento, agora que passou, nem vale a pena terminar.
   
  " O tempo não passa. As horas se arrastam, os dias são tediosos e as noites duram uma eternidade.
     É difícil que essas duas semanas passem? Difícil pedir para que eu logo esteja no carro, em direção às tão esperadas férias?
     Quero chegar logo, poder abraçar quem eu deixei relutante, matar todas as saudades que eu conseguir."


Provavelmente eu escrevi esse antes de ir para Minas, onde eu sempre passo as férias e onde eu tenho dois grandes amigos que sinto muito a falta, o Daniel e a Laryssa. 
    
     "Essas coisas são bem difíceis de serem escritas. É muito difícil passar para o papel sentimentos tão novos. Às vezes fico por aqui pensando. Todos já sentiram o que eu estou sentindo. Tantos já tentaram transmitir essa..."


E eu terminei ali. Não sei  mesmo o que me motivou a escrever esse segundo trecho. O próximo post não vai ser de textos escritos antes, será um atual. Até a próxima !

terça-feira, 22 de março de 2011

Sem título - Escrito em 11/06/10

     Eu queria que você não fosse tudo isso. Queria que você não fosse essa pessoa especial, carinhosa, que eu gosto tanto.
     Queria que você não tivesse esses olhos, esse sorriso, esse seus jeito, seus gestos, suas ideias, seus pensamentos.
     Queria que tudo aquilo que eu gosto em você não existisse.
     Assim seria mais fácil te esquecer. Assim seria mais fácil olhar para frente sem lágrimas nos olhos. Falar seu nome com um sorriso sincero. Pensar em você e não sentir esse aperto no coração.
     Seria muito, muito mais fácil. Mas não é.


Em baixo eu rabisquei:
"This is not fair. I'm living my worst nightmare. Why? Why this way? Why me? I want to say that I love you. And hear that you are loving me too. That would be a dream, and I don´t want to wake up to this nighmare."

domingo, 20 de março de 2011

Arrumação

    Hoje eu tomei vergonha na cara e decidi arrumar meu quarto, mas arrumar de verdade. Abri todas as caixas, todas as gavetas, revirei todos os papeis.
    Joguei muita coisa fora, e achei muita coisa interessante. Achei uns textos que eu fiz durante uma fase muito emocional minha, fase de garota apaixonada, que não consegue admitir que está gostando de alguém, que não quer perceber que está crescendo. E decidi postar esses textos.
     Então, a partir da próxima postagem, não se assustem com o excesso de romantismo e essas coisas melosas, não é uma fase atual, e sim passada, que só agora reuni coragem para mostrar.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Essa adolescência

     Não consigo entender essa adolescência, que me faz feliz em um segundo e triste no outro. Que me prende em frente à uma tela que diz me oferecer o mundo. Mal sabe ela o quanto me tira do mundo. 
     Não entendo essa adolescência que me faz chorar desesperadamente ao ouvir uma música - sem nem saber o porquê disso. 
     Não entendo essa adolescência que não me deixa dormir e me inspira a pensar e escrever nos momentos mais inoportunos.
     Não entendo essa adolescência que me motiva a viver cada dia mais intensamente, mesmo sem entender.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Utopia

Igualdade. Utópico? Infelizmente, creio que sim. Nem sabemos mais o que significa. Não entendemos mais porque lutamos por isso. Muitos de nós já pararam de lutar. Alguns de nós continuam lutando, mas sem saber o por quê. E apenas poucos de nós lutam sabendo porque lutam, para que lutam, e o mais importante, continuam lutando incansavelmente.
Para e pense. Quantas vezes já excluímos aquele que julgávamos “diferente”? Cor, pensamento, corpo, ações, fala, cultura, sexo. Isso basta para determinar quem é diferente ou igual? Isso basta para gerar conflitos, confusões, aflição, morte? Muitos defendem que sim. E como evitar isso? Como podemos fazer com que enxerguem que somos iguais? Somos todos seres humanos, respiramos, comemos, crescemos. E não são só as atividades anatômicas que nos determinam como iguais. Todos nós sonhamos, desejamos, amamos. Alguns mais do que outros. Outros tentam negar, mas todos nós temos isso dentro de nós, ativo ou adormecido, todos nós temos um sentimento único, que é o sentimento de amor. Amor a si, amor pela família, e amor ao próximo.
Então por que julgar pela religião? Porque matar por diferentes pensamentos? Por que destratar o sexo?
 Já não cansou nossas vistas? Já não entristeceu nossos corações? Quanto sangue mais será derramado? Quantos gritos reprimidos serão novamente e novamente sufocados? E quantas vezes mais nós vamos fingir não ouvir, não ver.
E continuará acontecendo. E nós não vamos fazer nada. Absolutamente nada. Talvez mudar o canal do noticiário quando divulgarem o assustador número de mulheres que são mortas diariamente por crime domiciliar. Ou fazer cara de assustado, e logo depois rir da novela que passa depois. A verdade é que poucos de nós estarão verdadeiramente lutando por isso.

E muitos de nós, inclusive eu, encostará a cabeça no travesseiro de noite e dará graças por terem pessoas dispostas a verdadeiramente lutar por isso, e sonhará no dia em que terá coragem para fazer o mesmo.

À nós

     À todas as mães, irmãs, esposas, filhas, donas de casa, professoras, médicas, advogadas, veterinárias, bombeiras, policiais, astronautas, pilotas, escritoras, musicistas, poetisas. À todas as guerreiras, heroínas, vencedoras. À todas as mulheres que se fazem escutar, à todas que amam, que sonham, que idealizam. À todas aquelas que lutam todos os dias, e que todos os dias vencem. Àquelas que não se intimidam, que continuam vivendo com toda a força, àquelas que conquistaram e conquistam um mundo melhor para todas nós, mulheres. À todas que são, à minha avó, à minha tia, à minha mãe: Parabéns pelo nosso dia!

domingo, 6 de março de 2011

"São Paulo, São Paulo da Garoa"

Como todos sabem, eu tenho umas manias estranhas. Uma delas é ficar vendo coisas onde geralmente as pessoas não veem.      Da última vez que eu fui para São Paulo, obviamente estava chovendo. Eu estava ali perto do Bingo Imperatriz 23, vendo o movimento na Avenida 23 de Maio. E achei super interessante o fluxo de guarda-chuvas que passava por lá.     Parece uma coisa tão tosca, mas posso te afirmar que não é! O jeito que cada um segurava o guarda-chuva, a cor, o formato, tudo isso me contou muito sobre cada pessoa. Passou por mim uma senhora, de seus tantos anos carregados em sua face e em suas mãos, mas ela incansável, fazia seu caminho pela avenida encharcada carregando consigo a proteção de um guarda-chuva vermelho, que segurava com determinação, coragem. Depois dela passou um homem, insegurança no rosto, preocupação no olhar. Olhava para baixo, encarando o chão, mesmo assim sem evitar as poças que se ajuntavam na calçada.     E eu fiquei ali, vendo o festival de cores que pulavam na minha frente, em uma caótica valsa que pintava o cinza e triste final de tarde paulista. As cores se apressavam em um borrão, corriam por sinais verdes, atravessavam as faixas de pedestres e sumiam dentro dos edifícios.   O sol de fim de tarde surgiu, pálido, incerto, furtivo entre as nuvens de chuva e os chuviscos que ainda tinham a ousadia de cair. Acabou com a festa de muitas guarda-chuvas que, por hora, adormeceram pendurados nos braços de seus donos ou nos bancos dos carros.