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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O que é Felicidade?

Felicidade para mim está em forma ao leite, meio – amargo, branco ou com avelãs. Felicidade para mim tem o som de Guns, Avenged, Cyndi Lauper, Aerosmith e U2. Felicidade para mim está na montanha, na praia ou mesmo até na minha cama.
Felicidade para mim é poder cantar até ficar rouca ou dançar até cair. Felicidade está nos livros ou nos meus cachorros e gatos. Felicidade está no sorriso de amigos e da família. Felicidade está no céu, a me observar todos os dias sob a forma de lua e estrelas.
Felicidade está em um abraço verdadeiro e num eu te amo bem colocado. Felicidade está na minha casa, na sua, ou onde quer que a gente vá. Felicidade está em todos os lugares, basta saber procurar.
Num canto de um pássaro, ou no bom dia do motorista do ônibus. Felicidade me cerca e eu agradeço por isso. Sem ser feliz, seríamos o que? Não teria nenhuma razão para nada.
O que é felicidade? Ah! Para que complicar?! Felicidade é a vida, e vivê-la do melhor jeito: sendo feliz!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Jardim Suspenso

    Dali onde estava, não conseguia ver nada mais do que as nuvens. Nuvens branquinhas, que pareciam ser feitas de algodão. Deitada, olhando para baixo, meu mundo não parecia mais tão fabuloso.
Me virei para cima, para poder encarar minha própria realidade. O céu era azul, e as nuvens continuavam sendo brancas. Mas o Jardim Suspenso não me encantava mais.
Quando eu cheguei, me sentia como uma das personagens de Lewis Carroll, presa em um mundo mágico, de fantasias e alegrias. Não me lembrava de onde vinha, nem porque fui. Só sabia que vivia com meus próprios passatempos. Corria pela mata intocada e dançava feito uma louca, sem ligar para nada. Não precisava de nada, nem de ninguém. Só de estar ali, já bastava.
  Agora, depois de um tempo, não me animava mais. Minha única diversão era deitar onde o Jardim acabava e olhar para baixo. Poder sentir uma leve brisa roçar meu rosto e ver as nuvens flutuando de um lado para o outro. Eu não sabia o que havia lá em baixo. Se também havia crianças ou mato ou lugar para correr. Não sabia nem se eu queria que lá tivesse alguma dessas coisas. Só sabia que era lá que eu queria estar. Em um mundo novo e inexplorado.
E um dia, eu consegui ver. Nem acreditava no que acontecia diante de meus olhos, tanto é que tive que esfregá-los um punhado de vezes para conseguir ver de verdade. Um buraquinho. Um pequeno buraquinho se estendia entre as nuvens e por ele consegui ver uma faixa de terra do mundo que eu queria tanto conhecer.
E era lindo! Vários pontinhos pretos se moviam de um lado para o outro em uma imensidão cinza. Tudo tão diferente do meu Jardim. Parecia algo que inspirava liberdade. Parecia algo tão... Adulto!
Opa. Que palavra era essa que invadia meus pensamentos? Adulto. Já tinha ouvido em algum lugar, mas a realidade infantil de meu Jardim nunca deixou que eu a empregasse. Mas que seja! O momento agora era de felicidade, eu tinha conseguido ver, existe coisa mais maravilhosa?!
E, agora sim, sai correndo e pulando mata adentro, fazendo naquele momento mil e uma estripulias.
E assim que encostei em um canto qualquer, dormi.Dormi e sonhei.
E como já era de esperado, sonhei com o novo mundinho cinza. E no começo eram mil maravilhas porque não estava vendo, agora estava vivendo. Estava naquele mundo onde as pessoas corriam apressadas, mas não por diversão. O rosto delas mostrava dever, obrigação. Rotina.
E fui obrigada a abrir os olhos e a mente para o mundo que desabava em minha frente. Coisas horríveis aconteciam em todos os cantos. Pessoas que deveriam estar ali para zelar por nosso conforto e segurança nos roubavam até o que não tínhamos. O medo e a aflição espreitavam em cada beco escuro. Sim, pois agora existiam becos escuros e frios. Existiam casarões e casebres, um do lado do outro.
E eu queria gritar, gritar até poder acordar, pois não queria voltar para aquele pesadelo nunca mais. Nunca mais!
Foi quando acordei. Acordei e fiz questão de olhar em volta para certificar que estava salva e segura em meu Jardim Suspenso.
           Passado o momento de agonia, levantei e sai correndo, gritando e cantando por estar em casa. E prometi a mim mesma que nunca mais fugiria de minha realidade. Nunca mais tentaria acordar do sonho do Jardim Suspenso.

Esperança



Até o momento dessa postagem, 26 mineiros já foram resgatados da mina que desabou no dia cinco de agosto em Copiapó - no Chile. O desmoronamento deixou 33 trabalhadores presos em uma galeria de quase 700 metros de profundidade.
Sei bem como essa notícia é corriqueira e todos já estão enjoados de ouvir falar disso. Mas não deixa de ser importante e fruto de discussão.
Ouvi em uma das muitas reportagens uma repórter falando o seguinte "Durante o resgate do primeiro mineiro, pairava ali uma sensação de esperança.". Não pude deixar de discordar da repórter. A esperança sempre esteve ali. Falo isso porque eu, como espectadora, esperava que aqueles mineiros saíssem o quanto antes daquela mina. Se eu, que não me envolvia com o caso de nenhuma maneira afetiva, senti tristeza, alegria e esperança, imagino como estavam se sentindo aquelas famílias, aqueles mineiros, as pessoas que estavam se envolvendo no projeto. Os sentimentos que eu sentia eram mais do que míseros perto dessas pessoas. 
Esperança, essa sempre esteve ali. Ela que segurava a mão daqueles que não viam o azul do céu há pouco mais de dois meses. Que acalentava os filhos e as mulheres que esperavam do lado de fora. E que dava forças para que engenheiros, técnicos e colegas se empenhassem para trazê-los de volta. A previsão era que eles saíssem apenas na época do Natal, o Bom Velhinho resolveu trazer seus presentes mais cedo esse ano...
Minha conclusão é simples, outras pessoas (quer sejam célebres ou não) já a disseram. A fé e a esperança movem forças que não temos nem ideia. Não importa em que, ou em quem temos fé. Não importa se nossa esperança está em algo real ou não. O que importa é acreditar, e fazer com que se acredite.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Experiências

             Antes de dar início ao texto propriamente dito, gostaria de esclarecer. A Olimpíada de História foi uma ótima experiência para mim. Além de aprender muito, me ajudar a interpretar os diferentes documentos, fiz muitas amizades que continuaram independentes de vitórias e derrotas. Gostaria de agradecer as outras equipes do nosso colégio que participaram e ao Professor Carlos que me deu essa oportunidade. Mas, antes de qualquer coisa, agradecer a minha equipe que não podia ter sido mais maravilhosa. Obrigada Bia e Carol, que me acolheram como uma irmã mais nova e me fizeram sentir tão à vontade. Algum dia vou conseguir retribuir tudo aquilo que vocês fizeram por mim. Agora chega de embromar e irei direto ao texto que, antes de refletir minhas experiências adquiridas, refletem aquilo que deveríamos pensar.




                 Reflexões de uma vida

            “A vida é feita de altos e baixos, erros e acertos, vitórias e derrotas”, disse alguém sábio em algum momento da história. Realmente, desde nosso primeiro momento percebemos que não é só de rosas e alegrias que há de se viver a vida. Seu lado obscuro e maléfico espreita em cada beco escuro, em cada esquina, e uma hora ou outra é com ele que nos depararemos.
O que fazer então? O que fazer quando depois de tanto “suor e lágrimas” a vida nos retribuir com pontapés e decepções? O mínimo há fazer é olhar em frente, com a cabeça erguida tendo em mente que será melhor em uma próxima vez.
Mas se a vida é feita de vitórias e derrotas o que fazer quando tudo o que recebemos são os desapontos? Para que serve o erro, a não ser para nos fazer enfraquecer e desistir? Para que acertar tanto, se no final erraremos de novo? Não sei a resposta dessa pergunta, tão pouco conheço alguém que saiba.
Quer uma sugestão? Não desista. Lutamos tanto para chegar até aqui, para que desistir? Para que enfraquecer? Por que levar a vida a esmo, se temos a chance de ganhar, se temos o privilégio de escolher? É disso que precisamos. De pessoas que pensem, que escolham, que sintam. De pessoas que possam construir um mundo melhor.
Um mundo melhor onde erros e acertos serão instrumentos e combustíveis para a vitória. Onde os erros nos farão refletir e nos darão forças para vencer, para acertar, para colher os frutos de nossas escolhas.
Então, por mais que a vida te derrube, por mais que façam com que pense que não há mais nenhuma chance, pare e pense. Sempre haverá uma chance para quem se compromete.
Viva sua vida. Brinque, estude, ria, chore, mude, se machuque. Ajude o outro, seja egoísta uma vez ou outra. Abrace seu irmão. Abrace seu amigo. Agradeça seu professor. Ame, ame, ame. Ame com todas as forças todos os dias. Diga “eu te amo”. Diga “obrigada”. Faça da vida seu parque de diversões, sem esquecer as responsabilidades. Escreva, se expresse, leia, conheça. O conhecimento acima de tudo é o que levaremos sempre conosco. Acerte sempre. E erre muitas, muitas vezes. E, no final, recolha por si mesmo os louros da vitória.