É como quando eu nadava,e podia saltar dos trampolins. Já havia saltado do menor,sabia da adrenalina,do frio na barriga,da liberdade da queda,do impacto com a superfície da água,do conforto de emergir.
Já sabia também como era perder a respiração,saltar e cair errado, o quanto isso poderia ser incômodo.
E agora, eis-me aqui,na última plataforma. Se antes houve frio na barriga, nada se compara a esse. Se antes eu tive medo da queda,a vontade que me dá agora é desistir. Mas olhando lá para baixo, sinto como se a curiosidade consumisse cada mínimo espaço de indecisão. E não sei se salto ou saio.
Um passo para frente, mais um e caio. Ou salto? Ou saio?
Só sei que travo, mas a curiosidade é tão grande. O medo é tão grande. A vontade é tão grande.
Alguém me chama, se é lá de baixo ou atrás de mim não sei dizer. Só sei que faço que não escuto.
Me concentro.
Decido.
E então...
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