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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Homenagem cruzada

"Escrever histórias tem algo a ver com mágica", foi o que Cornelia Funke escreveu em um dos meus livros favoritos. E com razão, escrever tem mesmo algo de mágico. Enxergar o mundo com novos olhos e senti-lo com um outro coração, com sangue de tinta e carne de papel.
E seria realmente uma experiência muito gostosa viver, quem sabe, nos mundos mágicos de J.K Rowling, Lewis Carrol, C.S Lewis ou J.M Barrie.
Viver um romance narrado por Emily Brontë ou Jane Austen, uma tragédia de Shakespeare ou desvendar um crime de Edgar Allan Poe ou Agatha Christie.
Talvez, se minha história fosse narrada por Machado de Assis, eu parasse de reclamar de tanta confusão, e se pudesse refletir como Carlos Drummond de Andrade ou Fernando Pessoa não recorreria aos Morangos Mofados, do querido Abreu.
Posso querer um suspense ou um romance de Pedro Bandeira, mas a vida seria mais leve e engraçada se fosse uma história de Paula Pimenta, Meg Cabot, Fernando Sabino.
A bem sábia verdade é que posso tê-los todos, ao estender de uma mão. Posso tê-los todos, a me esperar na estante, de braços abertos, a me esperar todos os dias.Como [aprendiz] de escritora, aprendo a mágica, combino palavras, experimento metáforas, brinco de anáfora, de paradoxo, de metonímia. 
Mas melhor, bem melhor, como leitora penetro "surdamente no reino das palavras", onde chego mais perto e contemplo as palavras. "Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: 'Trouxeste a chave?'"

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