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domingo, 15 de maio de 2011

Verde Esperança

     Hoje eu deitei na rede para fitar o vazio e tentar não pensar em nada.  Claro que eu não consegui, eu fiquei pensando em várias outras coisas.
     Depois de um tempo, eu me percebi encarando as plantinhas que ficam ali perto da rede. Eu não sei o nome delas, sei que quando floridas são muito bonitas. Formam buquês de flores azuis, muito bonito mesmo. Hoje, elas são só botões ou folhinhas de um verde vistoso. E foi isso que me chamou a atenção.
     Há um tempinho atrás, teve uma chuva muito violenta aqui na região de casa, com gelo e tudo, e machucou muito as folhas dessa planta. Como diz a minha mãe, uma judiação. Depois veio o frio, continuou com a temporada de chuvas e mesmo assim, a plantinha ainda fabrica seus botões, ainda nutre suas folhinhas,
     E eu achei isso a coisa mais corajosa do mundo. A que me deu mais esperança.
     Porque assim como pra plantinha, na minha vida também ocorreram algumas chuvas violentas, e eu murchei, minhas flores caíram. E agora eu procuro um jeito de desabrochar minha felicidade de novo. Poder ter meus botões, poder nutrir minhas folhas com todo o amor, a felicidade, a vontade que corria em mim antes. E agora eu sei que posso. 
     Agora eu sei que, apesar de qualquer coisa que me aguarde no futuro, eu posso continuar alimentando a minha felicidade, sem medo de me entristecer mais tarde.
     Por mais que as tristezas sejam profundas, elas só servem para que nossa felicidade nasça mais bonita e mais forte. Assim como as folhas da minha plantinha lá fora, que eu comecei a regar.

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