Dia cinzento, cheio de vírgulas.
Dia de palavras engasgadas,
sonhos projetados,
estudos evasivos,
fugas imaginárias.
Dia de reflexão.
Dia de nostalgia.
Nostalgia que se derrama e logo escorre por entre os dedos;
Dedos que procuram por qualquer sinal na escuridão;
Escuridão que pende inerte entre aquilo que sou e aquilo que fui.
E aquilo que fui surge em rompante no meio do mar,
Sem farol que ilumine, que ache ou que acompanhe,
E então submerge no mar de memórias,
Memórias, névoa, sonho.
E desperto. E então existe paz, paz entorpecida, mas paz.
E o dia se consome.
E o sorvete derrete ali, em cima da mesa.
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