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domingo, 28 de agosto de 2011

"Sundae"

Dia cinzento, cheio de vírgulas.
Dia de palavras engasgadas, 
sonhos projetados, 
estudos evasivos, 
fugas imaginárias.
Dia de reflexão.
Dia de nostalgia.
Nostalgia que se derrama e logo escorre por entre os dedos;
Dedos que procuram por qualquer sinal na escuridão;
Escuridão que pende inerte entre aquilo que sou e aquilo que fui.
E aquilo que fui surge em rompante no meio do mar,
Sem farol que ilumine, que ache ou que acompanhe,
E então submerge no mar de memórias, 
Memórias, névoa, sonho.
E desperto. E então existe paz, paz entorpecida, mas paz.
E o dia se consome.
E o sorvete derrete ali, em cima da mesa.

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