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domingo, 18 de setembro de 2011

Aulas de Física

    Certa vez, para explicar uma matéria, meu professor de Física disse o seguinte: "Tudo depende do referencial". Eu não poderia imaginar como tudo se encaixa nisso.
    Verdade e mentira, certo e errado, costumes, sentimentos, sofrimentos, alegrias. Tudo isso depende do referencial.
    Porque, no fim, nós é que inventamos. Nós é que determinamos um padrão, algumas regras. Nós é que determinamos o que é certo, o que é errado, o que torna-se verdade ou mentira. E esse padrão, essas regras, é o que deveria fazer  tudo mais fácil.
    Mas querem saber de uma coisa? Para quem pensa, para quem tenta achar o que é certo e errado, o que é verdade e mentira, torna-se um desafio. Nada é certo, não há uma constante. É tudo uma grande incógnita. Cada segundo, cada suspiro, cada sentimento ou pensamento, nada é certo. Não há uma verdade única e absoluta. Não há uma atitude que seja inteiramente certa e errada. Não há como generalizar, como padronizar tudo. Como estabelecer um padrão de pensamentos, de sentimentos, se nem nós, em nosso íntimo, possuímos certeza daquilo que somos. Podemos ter certezas, ter objetivos concretos, ideias enraizadas, mas nem isso conseguimos verbalizar. Tudo o que sai, é a essência. 
    O que sei, o que sinto, o que penso, depende do referencial.

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