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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O poder de não fazer nada


    Anualmente nos reunimos para lembrar da morte daqueles que já foram de forma trágica, inesperada. Gastamos incontáveis quantias com monumentos, com homenagens, tudo para "aplacar a dor que se reproduz no âmago das famílias que perderam seus entes queridos". Nos esquecemos daqueles que ainda possuem uma chance, uma chance de mudar esse destino que nós mesmo determinamos. 
    E, sinceramente, eu não culpo aqueles que nem lembram, que estão mais preocupados com que cor de tênis vão comprar na próxima semana. Porque, infelizmente, nós não podemos fazer nada. O que nós podemos fazer? Se para ajudar alguém assim, em um parâmetro mundial, aquela linda história do beija-flor nada vale?
    Nós damos o título de nação poderosa para alguns países, países esses que tem o poder de fazer alguma coisa, que tem o poder de intervir. Mas que, com o orgulho ferido, por uma questão de prioridade, desfrutam também do poder de não fazer nada.
 

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